sexta-feira, 4 de junho de 2010

Ab Reo Dicere (04-06-2010)

Auaesuve - Displaced And Uncharted (2010)

Este projecto, é mais um da já longa lista em que J. S. L. C. coloca o seu cunho muito pessoal - tal como em Raven, Languish ou Depthen, só para dar alguns exemplos -, explanando o seu fundo criativo por quatro longos temas de Funeral Doom, condimentado com algum Dark Ambient, Drone e momentos que em nada devem ao Depressive Black Metal, bem ao jeito de uns Nortt - ouça-se "The Ruins Of Dissolution".
Som duro, bastante cru, sem arestas limadas, prontas a ferir os mais incautos que se atravessem à frente. Massa sonora sem grandes primores e definições, como já vem sendo apanágio, nos registos do género, revelando à tona uma voz perturbadora, vinda das profundezas de um qualquer abismo. Apesar de ser um trabalho sem novidades, os amantes do género irão apreciar, porque nem sempre são necessárias grandes pretensões para cativar. (11/20)



Culted - Of Death And Ritual (2010)

Menos de um ano após a bomba que foi "Below The Thunders Of The Upper Deep", temos de regresso aos lançamentos esta entidade bizarra que dá pelo nome de Culted.
Ao longo destes quatro temas, podemos encontrá-los a tocar outros territórios anteriormente desconhecidos na sua sonoridade. Em "Spirituosa", o característico ambiente agreste e fétido está lá, mas um pouco mais diluído com uma abordagem mais rockeira(?). "Black Cough, Black Coffin", segue as linhas mestras do projecto, mas acrescenta-lhe umas pitadas de experimentalismo, enquanto que "Dissent" continua a manter as coisas animadas por mais oito minutos de tormenta ácida. A finalizar, "Whore", uma versão do tema dos Swans, que se não fosse pela letra do tema, passaria completamente despercebida. E, ao que tudo indica, tudo ainda feito à distância. (13/20)



Starve - Demo MMX (2010)

Trabalho de estreia para este holandeses, praticantes de um Stoner/Doom com pinta, mas muito colado às referências. A voz faz lembrar os Black Cobra ou os Mendozza e a massa sonora ainda muito devedora de uns Iron Monkey, Yakuza (sem costelas jazzísticas) ou Buzzov-en; portanto, nada de muito original e, acrescente-se, de excitante, porque para nos embalar estão cá os que referimos e mais uma mão cheia de outros casos, que marcaram a "cena" Stoner e Sludge.
Apesar de todos os temas serem tocados muito certinhos, faltam ali pelo meio algumas malhas que fiquem no ouvido e a delineação de uma marca identitária vincada. (8/20)

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