quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Entrevista a Howie Bentley (Briton Rites)


Entrevista exclusiva com Howie Bentley, mentor dos Briton Rites, que lançaram um dos álbuns mais marcantes deste ano, intitulado "For Mircalla". O nosso interlocutor foi Tony Hopkins, que esteve à conversa sobre este projecto, literatura e sobre os Cauldron Born.

Vários anos passaram desde a dissolução dos Cauldron Born . O que é que tens feito desde então?

Quando os Cauldron Born terminaram, eu parei de tocar guitarra por alguns anos, para além de dar aulas. Virei as mãos para a escrita de ficção original, mas percebi que não era muito bom nisso nem tinha aptidões para esse tipo de escrita. Estar parado sem estimular a minha criatividade, foi agravando o meu estado de espírito, por isso não demorou muito para eu voltar à música.

Objectivamente falando, a banda Briton Rites é o teu "novo" projecto. Gravaste e lançaste o primeiro álbum da banda intitulado “For Mircalla”, bastante recentemente. O que te fez acordar da tua inactividade em termos musicais?

Embora eu tenha parado de escrever música, nunca parei de ouvir Heavy Metal. Fui acossado pelo Doom há alguns anos atrás. Li algures, que um dos membros dos Candlemass (uma das minhas bandas favoritas), estava a ter um bom desempenho, numa banda chamada Reverend Bizarre. Ouvi o álbum “Crush The Insects” e a influência dos Black Sabbath foi notória e teve um impacto bastante grande em mim. Um dos membros da banda, na parte de trás da capa do álbum tinha vestida uma camisola da banda Witchfinder General. Fiquei saudosista, pois esta foi uma das minhas bandas favoritas no início dos anos 80. Fui buscar os álbuns de Witchfinder General, que tinha guardados e comecei a ouvi-los novamente. Este facto, também me fez recordar que os Black Sabbath são indissociáveis do Ozzy. Comecei então, a ouvir todos os álbuns antigos de Sabbath. Sempre fui um fã das duas bandas e senti que as estava a redescobrir

Dei comigo a ouvir álbuns antigos de Heavy Metal britânico, próximo das comemorações do Halloween. Por esta altura, também estava a ler uma história de terror, escrita por Joseph Sheridan Le Fanu, intitulada “Carmilla”. Acabou por tocar-me bastante e provocar em mim o desejo de escrever algumas músicas na tentativa de conseguir capturar o tipo de atmosfera que Le Fanu tinha criado com essa obra. Com toda esta envolvência, tive um daqueles momentos de inspiração. Foi então que eu tive a ideia de formar os Briton Rites.

Qual foi a reacção/aceitação do álbum?

Até agora as respostas têm sido positivas. Tem havido uma boa aceitação. Muitos fãs de Doom Metal consideraram-no o melhor álbum de 2010. Foi considerado o álbum do mês por uma das maiores revistas de Heavy Metal Alemã, a Heavy.

Consideras que o álbum teria conseguido uma aceitação semelhante, se lançado há uma década atrás, ou na década de 90? Talvez este seja um indicativo de como os fãs de Metal têm mudado ao longo dos anos?

Não. Há um interesse muito maior pelo Metal agora, do que havia há dez anos atrás. Durante os anos 90 o Metal era um tabu. Eu acho que se tornou mais aceitável, porque agora as pessoas estão mais expostas a este estilo musical através da internet. A internet é uma faca de dois gumes, porém, torna o mundo mais acessível, nomeadamente a música, que tende a perder seu impacto, assim como todos os downloads gratuitos.

Descreveste Black Sabbath e Witchfinder General como as principais influências na tua composição para este álbum e mostra definitivamente, que os tempos das faixas são lentos e os riffs são enormes. Dito isto, de alguma forma vês os Briton Rites como uma versão moderna do Doom Metal ou um tributo aos deuses da escuridão? Qual foi a tua intenção ao escrever esta colectânea de canções?

Quando iniciei este projecto, eu não tinha intenções de reinventar a “roda”, no que diz respeito ao Doom Metal. O Doom Metal tradicional é apenas isso para mim. Eu estou basicamente a fazer uma homenagem ao antigo Metal britânico, enquanto coloco a minha própria marca sobre ele.

Acreditas que as qualidades fundamentais do Doom Metal e a própria sonoridade são levados em conta pelas bandas de hoje em dia?

Talvez, para algumas bandas. Acho que a maioria dos músicos que se dedicam ao Doom não são assim tão bons. Presta atenção a bandas como Sabbath, Trouble ou mesmo os Pentagram e vê a musicalidade que integram, a música que fazem, em seguida, ouve outro tipo de bandas e vais perceber o que eu quero dizer. Eu acho que algumas bandas levam demasiado a peito o minimalismo no Doom.

O novo álbum pode parecer um tanto idiossincrático em relação a ti, assim como para alguém que conheça o teu trabalho passado; o trabalho de guitarra mostra muito menos influências de Malmsteen, em que as pessoas poderiam vir a associar neste trabalho com a tua antiga banda. Os riffs mais lentos, presentes neste trabalho, têm a ver só com uma questão de estilo ou este álbum é simplesmente um trabalho que mostra um lado de Howie Bentley que não conhecíamos?

Eu sempre gostei de Doom Metal. Em algumas músicas dos Cauldron Born, estão presentes elementos de Doom, como por exemplo na faixa “Unholy Sanctuary”, mas isto é considerado mais Doom Épico (mais ao estilo de bandas como Candlemass ou Solitude Aeturnus), ao contrário do Doom Tradicional de Briton Rites. Comecei a ouvir Black Sabbath muito cedo em 1981. O Doom Tradicional é uma das vertentes que mais gosto dentro do Heavy Metal.

Alguns riffs de guitarra baixo presentes neste álbum foram tocados por ti. Os preenchimentos são de bom gosto e numerosos, muito parecidos aos de Geezer Butler. Será que ele te inspirou nesta tua abordagem?

Sim, o Geezer Butler é uma grande influência no meu modo de tocar baixo. Lembro-me de passar por uma fase na minha adolescência, em que tive que tomar uma decisão muito séria, definir o rumo que queria para a minha vida em termos musicais, tocar guitarra ou tocar guitarra baixo. Eu tinha Randy Rhoads e Geezer Butler, de um lado e Steve Harris do outro. Geezer, Steve Harris e Timi Hansen. Estes são os meus três baixistas favoritos.

O vocalista Phil Swanson, dos Hour Of 13 e Seamount, foi convidado para fazer a gravação das vozes para este registo. Como é que ele acabou por se envolver neste projecto?

Inicialmente, era eu que iria fazer todas as vozes do álbum, mas um casal de amigos sugeriu que eu ouvisse o Phil Swanson, dos Hour Of 13. Quando eu ouvi o Phil, percebi que ele era a pessoa indicada  para dar vida às minhas letras. Ele tem essa qualidade "de bruxa" na sua voz e encaixa perfeitamente na minha música. Perguntei-lhe se estava interessado em participar no meu projecto ao que ele respondeu prontamente que sim. Funcionou perfeitamente e foi óptimo trabalhar com ele.

Ao ouvir a faixa final do álbum, "Karnstein Castle", fiquei surpreso quando descobri uma voz diferente, que não era a de Phil Swanson ; então fui ler o booklet e descobri que eras tu a fazer essa voz! O que te levou a fazer isso?

Bem, como eu disse, já tinha planeado inicialmente fazer todas as vozes no álbum. Aquela era uma música muito especial para mim por isso queria ser eu a participar nela originalmente. O Phil não levantou qualquer tipo de problema.

E quanto ao grito muito à King Diamond no final da música? Isso foi inesperado!

Isso simplesmente aconteceu. Eu realmente também não o esperava. Acho que são apenas algumas influências enraizadas em mim.

Richard L. Tierney, autor de “Sword And Sorcery”, concedeu-te permissão para usares o seu poema"All-Hallowed Vengeance"  e o adaptares à música. Como se proporcionou esta colaboração? O que achou ele da ideia do Heavy Metal tornar-se a trilha sonora dos seus escritos?

O Richard Tierney é um dos meus autores favoritos. Entrei em contacto com ele há cerca de sete anos atrás. Eu e ele começámos, desde então, a falar regularmente. Enviou-me um poema há já algum tempo e sugeriu que eu deveria defini-lo como música. Era um poema bem-humorado e inteligente, ao que lhe disse que realmente não iria colocar na minha música, todos os elementos humorísticos nele presentes, mas que gostaria de usar muita da sua poesia para a música. Ele disse-me que eu poderia usar qualquer um dos seus poemas e adaptá-los à minha música. Claro, eu fiquei muito satisfeito com isso. Considero-o um grande poeta, junto com Robert E. Howard e Clark Ashton Smith. O Richard costuma ouvir música clássica, por isso é provavelmente um pouco estranho para ele, ouvir as suas letras neste tipo de contexto musical, mas tenho a certeza que não é de todo fora do seu agrado.

Recentemente adquiri a nova colecção de poesia do Richard intitulada “Savage Menace” e vi que os Briton Rites foram citados na bibliografia como tendo gravado "All Hallowed Vengeance", o que me fez “ganhar o dia”.

Citaste há bocado, a obra de 1872, “Carmilla”, de Joseph Sheridan Le Fanu e Hammer Film Productions, com três filmes de vampiros, como a principal fonte de inspiração por trás do presente tema distinto gótico, que paira nas letras do teu album “For Mircalla”. O trabalho H. P. Lovecraft e de Robert E. Howard parecia ser o fornecedor de inspiração dos principais temas líricos dos Cauldron Born. Há alguns conceitos actualmente do teu interesse, de origem literária, cinematográfica ou outros, que gostarias de adaptar para música, num trabalho futuro?

Há tantos, que eu não sei como é que os poderei usar todos. Também tenho uma história que escrevi sobre a mascote dos Cauldron Born (Thorn). Estou a pensar em utilizá-la para fazer futuramente um álbum.

O artista Lionel Baker, que criou obras de arte para projectos como os Saint Vitus, Chastain, Griffin, Vicious Rumors, e para a tua anterior banda Cauldron Born, é responsável pelo desenho e pintura à mão da capa deste álbum. Deste-lhe instruções para a produção da capa do álbum? O que achas do resultado final?

Costumo dizer, que eu visualizo e ele traduz a minha visualização em pintura e pinta da forma como ele a vê. O Lionel, geralmente, faz um trabalho melhor, quando eu não sou muito detalhado na minha descrição. Eu realmente gostei do seu trabalho e acho que a capa do álbum dos Briton Rites ficou bem.

Lançaste o “For Mircalla” por tua conta e risco, pela editora Echoes Of Crom Records. O que esperas desta nova etapa? Gostarias de deixar alguma mensagem aos nossos leitores?

O meu objectivo inicial, era apenas lançar a minha própria música pela Echoes Of Crom Records. Conheci e ouvi uma banda oriunda da Sibéria, de seu nome Blacksword e tomei conhecimento que o seu álbum de estreia seria lançado por esta mesma editora, a 22 de Agosto. Esta banda tem o seu próprio estilo, aquilo a que chamamos USPM (United States Power Metal). O álbum intitula-se “ The Sword Accurst “ e irá agradar com certeza aos fãs do início da era de Dickinson dos  Iron Maiden, os Sanctuary, Cauldron Born e o amplo “Jag Panzer”, álbum dos Destruction.

Que bandas assinaram pela editora até ao momento? É possível fazeres uma referência à sua actividade?

Até agora, as únicas bandas que assinaram pela Echoes Of Crom Records somos nós, Briton Rites e os Blacksword. Há por aí mais algumas bandas que me suscitam interesse a nível profissional. Também penso em lançar um novo álbum dos Cauldron Born no próximo ano.

O que reserva o futuro para os Briton Rites? Existem planos para tocar ao vivo? Tenho também conhecimento que já escreveste e projectaste o segundo álbum!

Um dos objectivos é lançar pelo menos três álbuns com esta banda. Poderão surgir mais, mas por agora eu só tenho dois planeados. Quanto aos concertos ao vivo, eu estou disposto a fazê-lo se o Phil também estiver interessado em participar neles comigo, contudo se tocarmos ao vivo em festivais terão de ser os promotores a suportar as despesas.

Quanto ao segundo álbum já o tenho escrito e projectado. Neste momento estou a tentar conciliar as duas bandas, Briton Rites e Cauldron Born.

Claro que eu não poderia deixar de mencionar os Cauldron Born! Qual é a situação actual da tua antiga banda? Declaraste recentemente que estavas em conversações com David Louden (vocalista da banda …And Rome Shall Fall), com vista a gravar novo material, mais pesado, para os Cauldron Born.

Parece-me que o lançamento de um EP dos Cauldron Born será uma realidade. Esperamos que seja lançado até ao final do ano pela Echoes Of Crom Records.Tenho estado em estúdio a trabalhar em algumas demos de canções em bruto. Na altura devida, irei fazer um anúncio formal sobre este lançamento, no nosso site.


English:
(Interview conducted by Tony Hopkins)
Several years have passed since Cauldron Born disbanded. What have you been up to since then?

When I disbanded Cauldron Born back in 2003, I stopped playing guitar for a few years, aside from teaching lessons. I tried my hand at writing original fiction, but I wasn’t very good at it. Being without a creative outlet was aggravating me, so it wasn’t long before I came back to music.

Relatively speaking, Briton Rites is your “new” brainchild. You recorded and released the band’s first album For Mircalla fairly recently. What awoke you from your musical slumber?

Although I had stopped writing music, I never stopped listening to heavy metal.  I got on a big doom kick a few years back. I read somewhere that one of the guys in Candlemass (one of my favorite bands) was really high on a band called Reverend Bizarre. I picked up Reverend Bizarre’s Crush the Insects album, and the Black Sabbath influence hooked me. One of the band members on the back of the Reverend Bizarre album was wearing a Witchfinder General shirt and that got me missing Witchfinder General, an old favorite of mine from way back in the early ‘80s. I dug out my Witchfinder General albums and started listening to them again, and in turn, this reminded me of early Ozzy-era Sabbath. So, I started listening to all of the old Sabbath albums again. I was always a fan of those two bands, but I was rediscovering them.

I was listening to those old British heavy metal albums, and it was just a few weeks before Halloween. I was reading Joseph Sheridan Le Fanu’s Gothic Horror novella Carmilla and it made such an impression on me that I had to write some music in an effort to try to capture the sort of atmosphere that Le Fanu created with Carmilla. I was carving a jack-o-lantern for Halloween, and all of a sudden I had one of those moments of inspiration. It was then that I got the idea to form Briton Rites.

What has the initial response been to the album?

So far, so good.  A lot of doom fans have been saying it is the best album of 2010.  It was the album of the month in one of Germany’s biggest heavy metal magazines, Heavy.

Do you think you would have gotten a similar reaction had you released the album a decade ago, or in the 90s? Perhaps this is indicative of how metal fans have changed over the years?

No. There is a lot more interest in heavy metal now than there was even ten years ago. Back in the '90s "metal" was taboo. I think it has become acceptable now because more people are exposed to it through the internet. The internet is a double-edged sword though, because even though it has exposed more people to metal, it has also made everything so accessible that it tends to lose its impact, as well as all of the free downloading.

You've described Black Sabbath and Witchfinder General as primary influences on your songwriting for this record and it definitely shows; the tempos are slow and the riffs are massive. That said, do you see Briton Rites as a modern take on doom metal or a tribute to the gods of gloom? What was your intention with writing this collection of songs?

When I started Briton Rites, I had no intentions of reinventing the wheel, as far as doom metal. Traditional doom metal is just that, to me. I am basically just paying homage to early British heavy metal, while hopefully putting my own stamp on it.

Do you believe that the qualities so fundamental to good and proper doom metal are still retained and observed among bands today?

Maybe with a few bands. I think most of the musicians who play doom aren't that good. Listen to how musical a band like Sabbath or Trouble is, or even Pentagram, then listen to some of these bands now and you will see what I mean. I think that some bands take the minimalism too far now in doom.

The new album may seem a bit idiosyncratic of you to someone familiar with your past work; your guitar playing shows much less of the Malmsteen-esque pyrotechnics that people may have come to associate with your past band. Was the shift to slow doom riffing a big stylistic leap for you, or is For Mircalla simply a side of Howie Bentley that we haven't heard?

I have always liked doom metal. You hear some doom elements even on Cauldron Born songs like Unholy Sanctuary, but this is epic doom (more like Candlemass or Solitude Aeturnus), as opposed to the traditional doom of Briton Rites. I started off listening to early Black Sabbath back in 1981 or so. Traditional doom is one aspect of the many things I love about heavy metal.

You also played the bass parts on this album. The fills are tasteful and numerous, very reminiscent of Geezer Butler. Did he inspire your approach?

Yeah, Geezer Butler is a huge influence on my bass playing. I remember going through a phase as a teenager when it was a serious decision that I felt like I had to make in my life, to dedicate myself to being either a guitar player or a bass player. I had Randy Rhoads on one side and Geezer Butler and Steve Harris on the other. Geezer, Steve Harris and Timi Hansen, those are my three favorite bass players.

Vocalist Phil Swanson of Hour of 13 and Seamount was enlisted to lay down the vocals for the recording. How did he become involved in this project?

I was originally going to do all of the vocals on the album, but a couple of friends suggested that I hear Phil on the Hour of 13 debut. When I heard Phil, I knew he was the guy to bring my lyrics to life. He has this “witchy” quality to his voice and it just goes perfectly with my music. I asked him if he would do it and he said right away that he would. Worked out perfectly and he was great to work with.

Listening to the album‘s final track "Karnstein Castle", I was surprised when a voice other than Swanson's came from my speakers, so I scrambled to the CD booklet and found that you were the one singing! What made you decide to do this?

Well, like I said, I had originally planned to do all of the vocals on the album. That was a really special song to me and I wanted to sing one myself. Phil was really cool about it, too.

How about the King Diamond-like scream near the end of the song? That was unexpected!

That just kind of happened. I didn’t really expect it either. Certain influences are just ingrained in me, I guess.

Sword and sorcery author Richard L. Tierney granted you permission to set his poem "All-Hallowed Vengeance" to music. How did that collaboration come about? What did he think of the idea of metal music becoming the soundtrack to his writing?

Richard Tierney is one of my favorite authors. I contacted him about seven years ago, and he and I have corresponded regularly since then. He sent me a poem years ago and told me that I should set it to music.  It was a cleverly humorous poem and I told him that I don’t really put any humorous elements in my music, but that I would love to set a bunch of his serious poetry to music. He told me that I could set any of his poems that I wanted to music. Of course, I was pretty excited about that, as I consider him to be a master poet of the weird, along with Robert E. Howard and Clark Ashton Smith. Dick mainly listens to classical music, so it is probably a bit strange for him to hear his song in that sort of musical context, but I am sure he gets a kick out of it, too.

I recently got Dick’s new collection of poetry titled Savage Menace and saw that Briton Rites was mentioned in the bibliography as having recorded “All-Hallowed Vengeance.” That made my day.

You've cited Joseph Sheridan le Fanu's 1872 novella Carmilla and Hammer Film Productions' three vampire films as the main inspiration behind the distinct gothic theme present in your lyrics on For Mircalla. Robert E. Howard’s and H.P. Lovecraft’s works seemed to provide the main lyrical motifs for Cauldron Born. Are there any concepts currently occupying your interest, of literary, cinematic, or other origins, that you would most like to turn into lyrics for a future album?

There are so many, that I don’t know how that I am going to get to them all. I have a story that I have written about the Cauldron Born mascot (Thorn) that I am thinking of making a concept album about next.

Artist Lionel Baker, who has created artwork for projects like Saint Vitus, Chastain, Griffin, Vicious Rumors, and your own Cauldron Born, is responsible for the haunting hand-painted cover for this album. Did you give him any initial instructions before he began work? What do you think of his final product?

I usually tell him what I visualize and he takes it and paints it the way he sees it. He usually does a better job when I am not too detailed in my description. I really like his artwork, and I think the Briton Rites album cover turned out good.

You released the For Mircalla CD on your own label Echoes of Crom Records. What do you hope to do with this new label? Would you like to issue a mission statement for our readers?

Initially, I had planned to only release my own music on Echoes of Crom, but then I heard this band from Siberia called Blacksword.  Blacksword’s debut album is due out on Echoes of Crom Records on August 22. Blacksword play their own style of USPM (United States Power Metal). The album is called The Sword Accurst and will appeal to fans of early Dickinson-era Iron Maiden, Sanctuary, Cauldron Born and Jag Panzer’s Ample Destruction album.

What bands are signed to the label at the moment? Give us an update on the label's current activities.

So far, the only bands on Echoes of Crom are Briton Rites and Blacksword. There are a couple of other bands that I am looking into working with at this point, and I plan on releasing a new Cauldron Born album sometime next year on Echoes of Crom.

So what does the future hold for Briton Rites? Are there any plans to play live shows? I also read that you've already written the second album!

I planned on releasing three Briton Rites albums. There may be more, but right now I only have two more planned. As far as live shows, I am willing to do them if Phil is, but if we play any festivals the promoters are going to have to cover the expenses.

I do have the second album written. Right now I am trying to juggle Briton Rites and Cauldron Born.

Of course I couldn't forget to mention Cauldron Born! What is the current status of your old band? You stated recently that you were in talks with David Louden (vocalist on ...And Rome Shall Fall) and looking to record new material, along with a Heavy Load cover, under the Cauldron Born moniker.

It does look like a Cauldron Born EP is going to happen. Hopefully, it will be released by the end of the year. And next year I plan to have the full length out on Echoes of Crom. I have been in the studio working on some rough demos of songs. I will make a formal announcement soon on our website.

Nenhum comentário:

Postar um comentário