quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Fatum Elisum - Homo Nihilis (2011)


Dois anos após a promissora demo que mostrou os Fatum Elisum ao mundo, eis que a banda de Rouen lança o seu primeiro disco, através da britânica Aesthetic Death.
Ao longo destes 5 temas, ou melhor um intro e quatro longos temas, o que ressalta à primeira vista é a inclusão de algumas mudanças do ponto de vista musical, fugindo da toada funérea, extremamente densa e claustrofóbica, com Ende a deixar a sua marca, num registo a roçar o desespero. Neste trabalho, as vocalizações são um pouco mais diversas, mas sobressaem os registos limpos, quase declamatórios, removendo para segundo plano essa agonizante libertação de palavras e urros selváticos, esparsamente presentes em ‘The Twilight Prophet’, por exemplo.
Em ‘Homo Nihilis’, apesar do ambiente não se encontrar menos desanuviado, a abordagem dos temas vira-se para uma toada mais doom/death, bastante cadenciada, marcada por linhas de guitarra simples e um ritmo forte de bateria, servindo de base para as longas declamações de Ende, entre o inglês e o francês, com esporádicas passagens pelo latim e grego, que nas vocalizações limpas conta com os préstimos de Asgeirr, que também acumula funções no baixo. No meio destas alterações, no nevoeiro dos temas, afloram reminiscências de Paradise Lost e My Dying Bride, principalmente ao nível da voz, e dos Reverend Bizarre na vertente sonora, sem esquecer os Evoken ou os Mourning Beloveth (nos seus trabalhos mais recentes).
Com excepção de 'Pulvis Et Umbra Sumus', uma curta introdução de um minuto, muito similar à presente na demo de estreia 'Fatum Elisum', todos os temas andam acima dos quinze minutos de duração, mas a simplicidade empregue nas composições mantêm estes exercícios interessantes do princípio ao fim, muito por culpa de um trabalho mais apurado entre guitarras acústicas e eléctricas, atingindo em alguns momentos algo de épico.
A produção é simples mas eficaz, dando coesão a um disco que, perante um trabalho menor, seria de muito mais difícil audição e qualquer receio inicial sobre o representante desaparece dentro de alguns minutos da primeira pista. 'Homo Nihilis' é um trabalho competente e consegue ter momentos pungentes, mas ainda falta algo que demonstre que o investimento total aqui mereceu inteiramente o seu resultado. (14.2/20)


English:


Two years after their promising demo that showed Fatum Elisum to the world, behold the band of Rouen releases his first album by Aesthetic Death, a British label.
Throughout these five tracks, or rather an intro and four themes, which highlights at first glance is the inclusion of some changes in terms of musical, fleeing the funereal tune, extremely dense and claustrophobic, with Ende to make his mark in a register to skim despair. In this work, the vocals are a bit more diverse, but excel records clean, almost declamatory, doing almost forget this agonizing release of words and savage yells, sparsely present in 'The Twilight Prophet', for example.
In Homo Nihilis', although the ambient is not less unclouded, dealing with the topic turns to a tune more doom/death, very rhythmic, marked by simple guitar lines and a strong rhythm of drums, providing the basis for the long declamations of Ende, between English and French and occasional passages in Latin and Greek, which features clean vocals on the services of Asgeirr, which also accumulates the bass functions. In the centre of these changes, in the fog of topics, flourish reminiscent of Paradise Lost and My Dying Bride, mainly in terms of voice, and the sound looks like Reverend Bizarre in part, without forgetting Evoken or Mourning Beloveth (in their more recent work).
With the exception of 'Pulvis Umbra Et Sumus', a short introduction of a minute, very similar to the demo debut 'Fatum Elisum', all songs walking up the fifteen minutes long, but the simplicity employed in the compositions hold these exercises interesting from beginning to end, by the fault of a much finer work between acoustic and electric guitars, at times reaching something epic.
The production is simple but effective, giving cohesion to a disc, before a work of lesser quality would be much harder to be heard and any initial fear about the representative disappears within a few minutes of the first track. Homo Nihilis' is a competent job and manages to have emotional moments, but still lack something that shows that total investment here fully deserved their result. (14.2/20)


Tracklist:

01. Pulvis Et Umbra
02. The Pursuit Of Sadness
03. The Twilight Prophet
04. Homo Nihilis
05. East Of Eden



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